INÍCIO CCB EM SANTO ANDRÉ - SP
Histórico do início da CCB em Santo André, São Paulo
Como está relatado no Histórico da Obra de Deus, em 1.910, através de nosso irmão LOUIS FRANCESCON foi a Obra de Deus anunciada no Brasil, passando logo, a ser disseminada, principalmente entre a colônia italiana.
Nesse início, com a Obra De Deus totalmente desconhecida, em quase todos os lugares onde foi anunciada foi acompanhada de demonstração de virtude e poder, manifestando-se através de maravilhas e milagres.
Assim também foi em nossa região de Santo André e arredores, cujo inicio deu-se da seguinte forma:
Mais ou menos em junho de 1.915 a irmã AMÉLIA BORLENGHI foi a Santo André visitar sua cunhada ANGELINA GRENZI (que posteriormente veio a crer no Senhor Jesus), esposa do Sr. VICENTE GRENZI (que não chegou a crer).
Visitando esses parentes, a irmã AMÉLIA BORLENGHI, que era cega, ficou sabendo que Dona ANGELA ZANETTI, moradora da chácara vizinha estava muito enferma já a uma semana pois havia sofrido um coice de vaca em sua perna.
O estado de Dona ÂNGELA era bastante grave, mesmo porque, naquela época, não tinham qualquer recurso, seja financeiro, seja médico ou mesmo farmacêutico. As comunicações era difíceis e havia um único trem diário para São Paulo.
A irmã AMÉLIA BORLENGHI interessou-se em visitar Dona ÂNGELA e nessa visita, vendo o estado lastimável da enferma, interrogou-a se cria na existência de Um Deus no Céu que tudo pode. Dona Ângela confirmou essa crença e a irmã AMÉLIA pediu um prato fundo com azeite e molhando a mão no azeite colocou-a sobre a perna enferma, orando a Deus. Logo após essa “unção” Dona ÂNGELA ficou boa.
Quando o esposo de Dona ÂNGELA chegou do trabalho encontrou a esposa preparando almoço e interrogou-a do que teria acontecido para ela estar curada, já que pela manhã ao deixá-la seu estado era grave. A enferma relatou o acontecido para espanto de seu esposo. Este admirado com o acontecido afirmou que era impossível a cura com uma simples “reza” e, mesmo antes de almoçar, quis interrogar a irmã AMÉLIA, o que fez imediatamente, mas a mesma não tinha muito que esclarecer: Apenas relatou que crera em Cristo a pouco mais de quatro meses e havia aprendido a orar, mas que, em São Paulo havia um irmão italiano que poderia explicar tudo.
Passados 15 dias o irmão LOUIS FRANCESCON, da mesma região da Itália que ANTONIO ZANETTI, esposo de Dona ÂNGELA, compareceu para dar explicações. Como falavam o mesmo dialeto conversaram a noite toda e O Senhor converteu o casal. Após essa evangelização reuniu toda a família ZANETTI e prometeu retornar dali a15 dias.
Logo após alguns retornos do irmão LOUIS FRANCESCON estabeleceu-se uma reunião a cada 15 dias, às sextas-feiras, na casa da futura irmã ANGELINA GRENZI, (parente da irmã AMÉLIA BORLENGHI).
O Senhor converteu o coração de ANGELINA GRENZI e algumas de suas filhas, todavia, seu esposo não creu. Por esse motivo, o irmão PEDRO ZANETTI, juntamente com sua família, ofereceu um dos cômodos de sua casa para fazer-se os cultos, convidando para esse serviço os parentes, vizinhos e amigos.
Dessa forma, em 1.915, iniciou-se a Obra de Deus na cidade de Santo André, tendo o irmão FRANCESCON presidido os primeiros cultos e após colocado o já irmão ANTONIO ZANETTI, ainda não batizado, como Cooperador, dizendo-lhe que realizasse as reuniões um dia sim outro não, ou dois ou três dias por semana, na medida em que tivessem necessidade. A cada 15 dias o irmão FRANCESCON comparecia ensinando-lhes a doutrina.
No início, com pouco entendimento, o irmão ZANETTI ao exortar a Palavra De DEUS lia para o povo 3, 4 ou mais capítulos da Bíblia conforme fosse achando interessante. Isso aconteceu até que o irmão FRANCESCON interrogou-o sobre como procedia e ensinou-o que deveria pedir a revelação da Palavra e só ler o que Deus mandasse, uma vez que toda a Bíblia é bela e interessante.
O irmão ANTONIO ZANETTI assim procedeu, ajoelhou-se e pediu a revelação da Palavra de Deus, recebendo-a e, talvez tenha sido o primeiro cooperador a receber essa revelação.
Como o irmão LOUIS FRANCESCON não havia dito o que poderia ser feito e o que não poderia ser feito, esses primitivos irmãos continuavam com os mesmos costumes que tinham no passado, inclusive o vício do fumo.
Certo dia o irmão ANTONIO ZANETTI trabalhando na fábrica foi, como de costume, fumar seu cachimbo. Nesse dia só o cachimbo queimava, enquanto o fumo mantinha-se da mesma forma. Com isso foram queimados cinco cachimbos.
À noite, havia culto, e o irmão ANTONIO ZANETTI interrogou o irmão LOUIS FRANCESCON sobre o acontecimento e indagou-o do motivo pelo qual só os cachimbos queimavam e não o fumo. Como resposta foi-lhe esclarecido que era um sinal de Deus que queria libertá-lo do fumo, passando-lhes a Doutrina dos vícios.
Com essa reposta o irmão ANTONIO ZANETTI firmou o propósito de não mais fumar, lançando o fumo na caldeira da fabrica que, à época, era ainda a vapor.
Em 1.916 O Senhor preparou o primeiro batismo para esse grupo na Ponte Pequena em São Paulo, juntamente com alguns outros irmãos de São Paulo e outros lugares, sendo batizados o casal ZANETTI e diversos familiares, dentre os quais o irmão JOSÉ ZANETTI, ao qual lhe foi dado o dom de envangelizar.
O primeiro batismo realizado na região foi um batismo especial, no ano de 1.917, para batizar a irmã......, que tinha 85 anos, e era mãe do(a) irmã (o)...., bisavó do irmão Gomer Zanetti, batismo esse realizado pelo irmão FELIPE PAVAN, antigo ancião do Bom Retiro. Esse batismo foi realizado no Rio Tamanduateí, defronte a atual empresa Rhodia.
Nesse período, esse pequeno grupo de irmãos passou a sofrer grande perseguição por parte do Padre, do Prefeito da cidade e do Delegado de Polícia, que incentivavam todo o povo a vir contra eles. O povo vinha em grande número, tanto de Santo André, como de S. Bernardo e S. Caetano e, ainda, outros de Mauá e Ribeirão Pires. Se aglomeravam defronte à casa do irmão ANTONIO ZANETTI, onde se realizavam os cultos, para ver se sob pressão terminavam com a Obra De Deus. Jogavam vespeiros, animais e pedras contra a casa, quebrando vidros e telhas, além das ameaças.
Essa pressão era de tal dimensão que os irmãos precisavam ficar de costas nas janelas para protegerem as irmãs das pedras. Eram tantas essas pedras que para retirá-las no outro dia havia necessidade de carrinho de mão.
Certo dia, o povo estava tão insuflado pelo Padre, que foram arrancados do solo dois ciprestes antigos que havia em frente à Sala de Oração. Esses ciprestes necessitavam de dois homens para abraçá-los.
Na saída do culto os homens queriam beijar as irmãs, até que um dia, foram convidadas duas senhoras da sociedade local para assistir ao culto e tais pessoas, confundindo-as com nossas irmãs, quiseram proceder da mesma forma com elas, todavia, foram repelidos violentamente pelas mesmas, inclusive com agressão, fazendo cessar aquele procedimento.
Apesar dessa prova o Senhor ajudava e animava o grupo e, juntamente com o irmão ANTONIO ZANETTI, mantiveram-se firmes na Graça De Deus. Oravam A Deus, juntamente com o irmão FRACESCON quando este vinha visitá-los.
Como essa pressão não cessava, o irmão ANTONIO ZANETTI foi falar com o Delegado e disse-lhe que se ele não tomasse alguma providência, seria necessário que a questão fosse levada à Secretaria da Segurança Pública em São Paulo para pedir-se a ajuda de força policial. A partir daí foi colocado um soldado armado em frente à Sala de Oração nos dias de culto, com o que, foi cessando toda essa provocação.
Certo dia, estando o Padre celebrando missa campal em S. Caetano do Sul, defronte ao antigo Prédio das Indústrias Matarazzo, o mesmo teve um derrame em cima do altar e faleceu.
Mesmo com esse acontecimento, a perseguição não cessou. Como o Senhor começou a converter mais mulheres do que homens, o Delegado chamou o irmão ANTONIO ZANETTI e disse-lhe que ele seria um sedutor de mulheres, mostrando-lhe o Código Penal e a pena fixada na lei para a prática desse crime, caso não parasse com “essa religião”. O irmão ANTONIO ZANETTI retirou a Bíblia do bolso e disse-lhe que se ele não cresse no Senhor Jesus e servisse A Deus a pena constante daquele livro era muito mais grave: a condenação eterna.
Essa resposta colocou um grande temor no Delegado que pediu-lhe pelo Amor de Deus que retirasse essa “condenação” e continuasse com a igreja.
Após essas perseguições O Senhor confirmou sua presença no meio desse pequeno grupo com sinais e prodígios. O Irmão PEDRO ZANETTI, filho do irmão ANTONIO ZANETTI tinha uma ferida grave em sua perna e após a oração A Deus feita pelo irmão LOUIS FRANCESCON O Senhor o libertou.
Em relação ao Sr. Prefeito, embora já não incomodasse mais, o Senhor colocou no irmão ANTONIO ZANETTI o desejo de evangelizá-lo e disse-lhe o Senhor que o momento certo seria quando Ele enviasse um anjo para acompanhá-lo.
Certo dia o anjo se apresentou e o irmão ANTONIO ZANETTI se preparou e foi à casa do Prefeito que ficava na Av. João Ramalho, no ponto em que a mesma fazia um “L” com a R. Fernando Prestes (antiga R. Cel. Oliveira Leite).
Nesse local o anjo o encontrou e ao bater palmas e ser anunciado pelas empregadas, o irmão ANTONIO ZANETTI adentrou ao quintal, com o anjo na frente, passando perto de diversos cães ferozes que nada lhe fez.
Ao ser introduzido na sala, a família do Prefeito acabara de almoçar e estavam conversando ao redor da mesa, como fazem as famílias italianas, tendo sobrado um cadeira vazia. O irmão ANTONIO ZANETTI Sentou-se nessa cadeira, ficando o anjo de pé no canto da sala, uma vez que O Senhor lhe orientara que deveria falar até que o anjo se movimentasse, quando, então deveria parar e se levantar.
Foi-lhe anunciada a graça, mas o Sr. Prefeito, educadamente rejeitou-a, afirmando que a mesma não seria para ele que continuaria no local onde estava. Quando o anjo se movimentou o irmão ANTONIO ZANETTI se levantou e retirou-se. Esse homem que era muito rico, perdeu tudo e acabou terminando seus dias em extrema miséria, tendo a própria prefeitura realizado seu funeral.
No curso desses acontecimentos grupo continuava firme, reunindo-se e congregando e, pouco depois, em 1.917, ou 1.918, o irmão JOSÉ ZANETTI deu o testemunho para um jovem de nome EUGÊNIO MARTINS, pertencente a uma denominação evangélica chamada “Triunfante”. Esse jovem anunciou aos membros da Igreja o testemunho que recebera e, a uma das frequentadoras dessa denominação, ANGELINA DIAS GONÇALVES, depois nossa irmã, O Senhor revelou-lhe que o lugar dela seria “no meio dos italianos, na Igreja dos Italianos”. Ante essa revelação ela convidou todos os demais frequentadores daquela denominação e o Senhor converteu a todos eles, fechando aquela igreja. Dentre estes estavam EUGÊNIO MARTINS, avô do irmão RUBENS DE BARROS, Ancião do Parque das Nações.
Essa irmã ANGELINA serviu muito ao Senhor na evangelização e seu filho de criação, irmão LUTHER DIAS CONÇÁLVES, mais tarde ordenado para Diácono da Congregação do Parque das Nações.
Em 1.918 O Senhor chamou no batismo o último dos filhos do irmão ANTONIO ZANETTI, irmão......, pai do nosso irmão Gomer Zanetti. O irmão JOSÉ ZANETTI casou-se com a irmã do irmão EUGÊNIO MARTINS, vindo da igreja triunfante este casou-se com uma das filhas do irmão ANTONIO ZANETTI , que vive até hoje em Santos, entrelaçando as famílias.
Em 1.924 iniciou-se movimento revolucionário em São Paulo e não havia serviço. Como o irmão ANTONIO ZANETTI possuía um terreno na Av. João Ramalho, número 01 (atual 35), propôs construir um salão para os cultos, pedindo, para tanto, conselho ao irmão LOUIS FRANCESCON que disse-lhe: você sozinho não, para que você não venha a ficar o dono. Fale com a irmandade e peça para que todos contribuam.
Assim, com a ajuda de toda a irmandade e de um irmão pedreiro de nome CARLOS ALEMÃO e outro irmão do Brás, vindos de São Paulo a pedido do irmão LOUIS FRANCESCON, construiu-se a primeira Congregação de Santo André, um pequeno salão de 7,00m por 12,00m, sem forro, sem piso, só com cimento rústico, sem vidro, só com venezianas e uma pequena casa de morador com um quarto, banheiro e cozinha.
Esse salão não tinha aparência de igreja e, por isso, na entrada, no paravento, tinha a expressão “entrada franca”. No começo não havia o nome Congregação Cristã na frente, mas apenas “EM NOME DO SENHOR JESUS”.
A partir daí, apesar das grandes provas e lutas O Senhor foi convertendo e chamando o povo, com a Obra De Deus sempre prosperando.
Até 1.936 os cultos eram realizados no idioma Italiano e, a partir de 1.937, passou a ser em Português.
Em 1.948 quando o irmão LOUIS FRANCESCON veio ao Brasil pela última vez, foi-lhe apresentado uma pequena chácara de 20 metros de frente por 80 metros de fundos, e aquele Servo de Deus sentiu que ali seria construída a Congregação atual da R. Catequese, em Santo André, cuja abertura deu-se em 1.950.
A partir daí foram construídas as demais Congregações de Santo André, obedecendo a seguinte ordem: Parque das Nações (1.956), V. Guarani (1.959), Pinheirinho (1.961), v. Pires (1.963), Camilópolis (1.966) e a seguir as demais.
Nesse inicio da Obra De Deus em Santo André, o irmão ANTONIO ZANETTI, também levou o testemunho da Obra De Deus para a os parentes da família GRENZI, que moravam na V. Mariana.
Assim, nosso irmão ANTONIO ZANETTI passou a atender uma Reunião na casa do irmão JOAQUIM FERRAZ, o que durou de 1.917 a 1.922, após o que o irmão JOAQUIM FERRAZ passou a atender como cooperador. Essa obra, depois, propagou-se por toda a Região Sul de São Paulo, isto é, Bairro Campestre (Jabaquara), Capininha, Santo Amaro, etc.
A seguir o irmão ANTONIO ZANETTI passou a atender um culto no sábado à noite e outro no domingo de manhã em Campinas para duas irmãs solteiras, que haviam recebido o testemunho em São Paulo, dando inicio à grande obra que Deus veio a realizar nessa cidade.
Em 1.925 o Senhor recolheu nosso irmão ANTONIO ZANETTI e passou a atender como cooperador nosso irmão CESAR GRENZI que também veio a falecer, após cerca de quatro ou cinco anos.
A seguir passou a atender como cooperador o irmão PEDRO ZANETTTI pelo espaço de 54 anos. A esse antigo Servo De Deus, foi-lhe dado a graça de participar, atendendo, do inicio da Obra De Deus em cerca de 14 localidades no interior, dentre as quais Santos e Engenheiro Marcilac.
Em novembro de 1.937, iniciou-se os Cultos de Jovens e Menores nesta região de Santo André, atendidos pelo irmão BENEDITO ÂNGELO e, como o mesmo não tinha o dom da palavra a irmã ALVINA, vinda de São Paulo pregava a Palavra de Deus.
Conta-se entre os primitivos as famílias De traglia, de Barros, Rolim, Monegatti, Pacini, de Abreu, cujo irmão José foi o primeiro morador da igreja.
Relato de uma obra, feito pela neta de Angelina Grenzi
Crislene disse...
A irmã Angelina Grenzi é minha Bisavó,Após os cultos serem feitos na casa do irmão antonio Zanetti, o meu bisavô,não gostava que minha bisa Angelina continuava indo aos cultos, até o dia em que ela foi acometida de um derrame cerebral,e ele vendo que a mesma estava desemganada pelos medicos, resolveu chamar o irmão Louis Francescon,e Deus deu de falar que no outro dia ela acordaria,e diria que acordará de um sono profundo e estava com fome, a mãe do meu bisavõ correu no quintal matou uma galinha , para fazer uma canja, no outro dia a casa estava cheia de irmãos e curiosos,a minha bisavó Angelina, acordou, disse que tinha acordado de um sono profundo e que estava com fome, esta obra converteu muitos , e meu bisavô nunca mais proibiu ela de congregar e sempre defendia a doutrina e gostava muito de ouvir testemunhos.
Fonte: http://loveranbr.blogspot.com
Como está relatado no Histórico da Obra de Deus, em 1.910, através de nosso irmão LOUIS FRANCESCON foi a Obra de Deus anunciada no Brasil, passando logo, a ser disseminada, principalmente entre a colônia italiana.
Nesse início, com a Obra De Deus totalmente desconhecida, em quase todos os lugares onde foi anunciada foi acompanhada de demonstração de virtude e poder, manifestando-se através de maravilhas e milagres.
Assim também foi em nossa região de Santo André e arredores, cujo inicio deu-se da seguinte forma:
Mais ou menos em junho de 1.915 a irmã AMÉLIA BORLENGHI foi a Santo André visitar sua cunhada ANGELINA GRENZI (que posteriormente veio a crer no Senhor Jesus), esposa do Sr. VICENTE GRENZI (que não chegou a crer).
Visitando esses parentes, a irmã AMÉLIA BORLENGHI, que era cega, ficou sabendo que Dona ANGELA ZANETTI, moradora da chácara vizinha estava muito enferma já a uma semana pois havia sofrido um coice de vaca em sua perna.
O estado de Dona ÂNGELA era bastante grave, mesmo porque, naquela época, não tinham qualquer recurso, seja financeiro, seja médico ou mesmo farmacêutico. As comunicações era difíceis e havia um único trem diário para São Paulo.
A irmã AMÉLIA BORLENGHI interessou-se em visitar Dona ÂNGELA e nessa visita, vendo o estado lastimável da enferma, interrogou-a se cria na existência de Um Deus no Céu que tudo pode. Dona Ângela confirmou essa crença e a irmã AMÉLIA pediu um prato fundo com azeite e molhando a mão no azeite colocou-a sobre a perna enferma, orando a Deus. Logo após essa “unção” Dona ÂNGELA ficou boa.
Quando o esposo de Dona ÂNGELA chegou do trabalho encontrou a esposa preparando almoço e interrogou-a do que teria acontecido para ela estar curada, já que pela manhã ao deixá-la seu estado era grave. A enferma relatou o acontecido para espanto de seu esposo. Este admirado com o acontecido afirmou que era impossível a cura com uma simples “reza” e, mesmo antes de almoçar, quis interrogar a irmã AMÉLIA, o que fez imediatamente, mas a mesma não tinha muito que esclarecer: Apenas relatou que crera em Cristo a pouco mais de quatro meses e havia aprendido a orar, mas que, em São Paulo havia um irmão italiano que poderia explicar tudo.
Passados 15 dias o irmão LOUIS FRANCESCON, da mesma região da Itália que ANTONIO ZANETTI, esposo de Dona ÂNGELA, compareceu para dar explicações. Como falavam o mesmo dialeto conversaram a noite toda e O Senhor converteu o casal. Após essa evangelização reuniu toda a família ZANETTI e prometeu retornar dali a15 dias.
Logo após alguns retornos do irmão LOUIS FRANCESCON estabeleceu-se uma reunião a cada 15 dias, às sextas-feiras, na casa da futura irmã ANGELINA GRENZI, (parente da irmã AMÉLIA BORLENGHI).
O Senhor converteu o coração de ANGELINA GRENZI e algumas de suas filhas, todavia, seu esposo não creu. Por esse motivo, o irmão PEDRO ZANETTI, juntamente com sua família, ofereceu um dos cômodos de sua casa para fazer-se os cultos, convidando para esse serviço os parentes, vizinhos e amigos.
Dessa forma, em 1.915, iniciou-se a Obra de Deus na cidade de Santo André, tendo o irmão FRANCESCON presidido os primeiros cultos e após colocado o já irmão ANTONIO ZANETTI, ainda não batizado, como Cooperador, dizendo-lhe que realizasse as reuniões um dia sim outro não, ou dois ou três dias por semana, na medida em que tivessem necessidade. A cada 15 dias o irmão FRANCESCON comparecia ensinando-lhes a doutrina.
No início, com pouco entendimento, o irmão ZANETTI ao exortar a Palavra De DEUS lia para o povo 3, 4 ou mais capítulos da Bíblia conforme fosse achando interessante. Isso aconteceu até que o irmão FRANCESCON interrogou-o sobre como procedia e ensinou-o que deveria pedir a revelação da Palavra e só ler o que Deus mandasse, uma vez que toda a Bíblia é bela e interessante.
O irmão ANTONIO ZANETTI assim procedeu, ajoelhou-se e pediu a revelação da Palavra de Deus, recebendo-a e, talvez tenha sido o primeiro cooperador a receber essa revelação.
Como o irmão LOUIS FRANCESCON não havia dito o que poderia ser feito e o que não poderia ser feito, esses primitivos irmãos continuavam com os mesmos costumes que tinham no passado, inclusive o vício do fumo.
Certo dia o irmão ANTONIO ZANETTI trabalhando na fábrica foi, como de costume, fumar seu cachimbo. Nesse dia só o cachimbo queimava, enquanto o fumo mantinha-se da mesma forma. Com isso foram queimados cinco cachimbos.
À noite, havia culto, e o irmão ANTONIO ZANETTI interrogou o irmão LOUIS FRANCESCON sobre o acontecimento e indagou-o do motivo pelo qual só os cachimbos queimavam e não o fumo. Como resposta foi-lhe esclarecido que era um sinal de Deus que queria libertá-lo do fumo, passando-lhes a Doutrina dos vícios.
Com essa reposta o irmão ANTONIO ZANETTI firmou o propósito de não mais fumar, lançando o fumo na caldeira da fabrica que, à época, era ainda a vapor.
Em 1.916 O Senhor preparou o primeiro batismo para esse grupo na Ponte Pequena em São Paulo, juntamente com alguns outros irmãos de São Paulo e outros lugares, sendo batizados o casal ZANETTI e diversos familiares, dentre os quais o irmão JOSÉ ZANETTI, ao qual lhe foi dado o dom de envangelizar.
O primeiro batismo realizado na região foi um batismo especial, no ano de 1.917, para batizar a irmã......, que tinha 85 anos, e era mãe do(a) irmã (o)...., bisavó do irmão Gomer Zanetti, batismo esse realizado pelo irmão FELIPE PAVAN, antigo ancião do Bom Retiro. Esse batismo foi realizado no Rio Tamanduateí, defronte a atual empresa Rhodia.
Nesse período, esse pequeno grupo de irmãos passou a sofrer grande perseguição por parte do Padre, do Prefeito da cidade e do Delegado de Polícia, que incentivavam todo o povo a vir contra eles. O povo vinha em grande número, tanto de Santo André, como de S. Bernardo e S. Caetano e, ainda, outros de Mauá e Ribeirão Pires. Se aglomeravam defronte à casa do irmão ANTONIO ZANETTI, onde se realizavam os cultos, para ver se sob pressão terminavam com a Obra De Deus. Jogavam vespeiros, animais e pedras contra a casa, quebrando vidros e telhas, além das ameaças.
Essa pressão era de tal dimensão que os irmãos precisavam ficar de costas nas janelas para protegerem as irmãs das pedras. Eram tantas essas pedras que para retirá-las no outro dia havia necessidade de carrinho de mão.
Certo dia, o povo estava tão insuflado pelo Padre, que foram arrancados do solo dois ciprestes antigos que havia em frente à Sala de Oração. Esses ciprestes necessitavam de dois homens para abraçá-los.
Na saída do culto os homens queriam beijar as irmãs, até que um dia, foram convidadas duas senhoras da sociedade local para assistir ao culto e tais pessoas, confundindo-as com nossas irmãs, quiseram proceder da mesma forma com elas, todavia, foram repelidos violentamente pelas mesmas, inclusive com agressão, fazendo cessar aquele procedimento.
Apesar dessa prova o Senhor ajudava e animava o grupo e, juntamente com o irmão ANTONIO ZANETTI, mantiveram-se firmes na Graça De Deus. Oravam A Deus, juntamente com o irmão FRACESCON quando este vinha visitá-los.
Como essa pressão não cessava, o irmão ANTONIO ZANETTI foi falar com o Delegado e disse-lhe que se ele não tomasse alguma providência, seria necessário que a questão fosse levada à Secretaria da Segurança Pública em São Paulo para pedir-se a ajuda de força policial. A partir daí foi colocado um soldado armado em frente à Sala de Oração nos dias de culto, com o que, foi cessando toda essa provocação.
Certo dia, estando o Padre celebrando missa campal em S. Caetano do Sul, defronte ao antigo Prédio das Indústrias Matarazzo, o mesmo teve um derrame em cima do altar e faleceu.
Mesmo com esse acontecimento, a perseguição não cessou. Como o Senhor começou a converter mais mulheres do que homens, o Delegado chamou o irmão ANTONIO ZANETTI e disse-lhe que ele seria um sedutor de mulheres, mostrando-lhe o Código Penal e a pena fixada na lei para a prática desse crime, caso não parasse com “essa religião”. O irmão ANTONIO ZANETTI retirou a Bíblia do bolso e disse-lhe que se ele não cresse no Senhor Jesus e servisse A Deus a pena constante daquele livro era muito mais grave: a condenação eterna.
Essa resposta colocou um grande temor no Delegado que pediu-lhe pelo Amor de Deus que retirasse essa “condenação” e continuasse com a igreja.
Após essas perseguições O Senhor confirmou sua presença no meio desse pequeno grupo com sinais e prodígios. O Irmão PEDRO ZANETTI, filho do irmão ANTONIO ZANETTI tinha uma ferida grave em sua perna e após a oração A Deus feita pelo irmão LOUIS FRANCESCON O Senhor o libertou.
Em relação ao Sr. Prefeito, embora já não incomodasse mais, o Senhor colocou no irmão ANTONIO ZANETTI o desejo de evangelizá-lo e disse-lhe o Senhor que o momento certo seria quando Ele enviasse um anjo para acompanhá-lo.
Certo dia o anjo se apresentou e o irmão ANTONIO ZANETTI se preparou e foi à casa do Prefeito que ficava na Av. João Ramalho, no ponto em que a mesma fazia um “L” com a R. Fernando Prestes (antiga R. Cel. Oliveira Leite).
Nesse local o anjo o encontrou e ao bater palmas e ser anunciado pelas empregadas, o irmão ANTONIO ZANETTI adentrou ao quintal, com o anjo na frente, passando perto de diversos cães ferozes que nada lhe fez.
Ao ser introduzido na sala, a família do Prefeito acabara de almoçar e estavam conversando ao redor da mesa, como fazem as famílias italianas, tendo sobrado um cadeira vazia. O irmão ANTONIO ZANETTI Sentou-se nessa cadeira, ficando o anjo de pé no canto da sala, uma vez que O Senhor lhe orientara que deveria falar até que o anjo se movimentasse, quando, então deveria parar e se levantar.
Foi-lhe anunciada a graça, mas o Sr. Prefeito, educadamente rejeitou-a, afirmando que a mesma não seria para ele que continuaria no local onde estava. Quando o anjo se movimentou o irmão ANTONIO ZANETTI se levantou e retirou-se. Esse homem que era muito rico, perdeu tudo e acabou terminando seus dias em extrema miséria, tendo a própria prefeitura realizado seu funeral.
No curso desses acontecimentos grupo continuava firme, reunindo-se e congregando e, pouco depois, em 1.917, ou 1.918, o irmão JOSÉ ZANETTI deu o testemunho para um jovem de nome EUGÊNIO MARTINS, pertencente a uma denominação evangélica chamada “Triunfante”. Esse jovem anunciou aos membros da Igreja o testemunho que recebera e, a uma das frequentadoras dessa denominação, ANGELINA DIAS GONÇALVES, depois nossa irmã, O Senhor revelou-lhe que o lugar dela seria “no meio dos italianos, na Igreja dos Italianos”. Ante essa revelação ela convidou todos os demais frequentadores daquela denominação e o Senhor converteu a todos eles, fechando aquela igreja. Dentre estes estavam EUGÊNIO MARTINS, avô do irmão RUBENS DE BARROS, Ancião do Parque das Nações.
Essa irmã ANGELINA serviu muito ao Senhor na evangelização e seu filho de criação, irmão LUTHER DIAS CONÇÁLVES, mais tarde ordenado para Diácono da Congregação do Parque das Nações.
Em 1.918 O Senhor chamou no batismo o último dos filhos do irmão ANTONIO ZANETTI, irmão......, pai do nosso irmão Gomer Zanetti. O irmão JOSÉ ZANETTI casou-se com a irmã do irmão EUGÊNIO MARTINS, vindo da igreja triunfante este casou-se com uma das filhas do irmão ANTONIO ZANETTI , que vive até hoje em Santos, entrelaçando as famílias.
Em 1.924 iniciou-se movimento revolucionário em São Paulo e não havia serviço. Como o irmão ANTONIO ZANETTI possuía um terreno na Av. João Ramalho, número 01 (atual 35), propôs construir um salão para os cultos, pedindo, para tanto, conselho ao irmão LOUIS FRANCESCON que disse-lhe: você sozinho não, para que você não venha a ficar o dono. Fale com a irmandade e peça para que todos contribuam.
Assim, com a ajuda de toda a irmandade e de um irmão pedreiro de nome CARLOS ALEMÃO e outro irmão do Brás, vindos de São Paulo a pedido do irmão LOUIS FRANCESCON, construiu-se a primeira Congregação de Santo André, um pequeno salão de 7,00m por 12,00m, sem forro, sem piso, só com cimento rústico, sem vidro, só com venezianas e uma pequena casa de morador com um quarto, banheiro e cozinha.
Esse salão não tinha aparência de igreja e, por isso, na entrada, no paravento, tinha a expressão “entrada franca”. No começo não havia o nome Congregação Cristã na frente, mas apenas “EM NOME DO SENHOR JESUS”.
A partir daí, apesar das grandes provas e lutas O Senhor foi convertendo e chamando o povo, com a Obra De Deus sempre prosperando.
Até 1.936 os cultos eram realizados no idioma Italiano e, a partir de 1.937, passou a ser em Português.
Em 1.948 quando o irmão LOUIS FRANCESCON veio ao Brasil pela última vez, foi-lhe apresentado uma pequena chácara de 20 metros de frente por 80 metros de fundos, e aquele Servo de Deus sentiu que ali seria construída a Congregação atual da R. Catequese, em Santo André, cuja abertura deu-se em 1.950.
A partir daí foram construídas as demais Congregações de Santo André, obedecendo a seguinte ordem: Parque das Nações (1.956), V. Guarani (1.959), Pinheirinho (1.961), v. Pires (1.963), Camilópolis (1.966) e a seguir as demais.
Nesse inicio da Obra De Deus em Santo André, o irmão ANTONIO ZANETTI, também levou o testemunho da Obra De Deus para a os parentes da família GRENZI, que moravam na V. Mariana.
Assim, nosso irmão ANTONIO ZANETTI passou a atender uma Reunião na casa do irmão JOAQUIM FERRAZ, o que durou de 1.917 a 1.922, após o que o irmão JOAQUIM FERRAZ passou a atender como cooperador. Essa obra, depois, propagou-se por toda a Região Sul de São Paulo, isto é, Bairro Campestre (Jabaquara), Capininha, Santo Amaro, etc.
A seguir o irmão ANTONIO ZANETTI passou a atender um culto no sábado à noite e outro no domingo de manhã em Campinas para duas irmãs solteiras, que haviam recebido o testemunho em São Paulo, dando inicio à grande obra que Deus veio a realizar nessa cidade.
Em 1.925 o Senhor recolheu nosso irmão ANTONIO ZANETTI e passou a atender como cooperador nosso irmão CESAR GRENZI que também veio a falecer, após cerca de quatro ou cinco anos.
A seguir passou a atender como cooperador o irmão PEDRO ZANETTTI pelo espaço de 54 anos. A esse antigo Servo De Deus, foi-lhe dado a graça de participar, atendendo, do inicio da Obra De Deus em cerca de 14 localidades no interior, dentre as quais Santos e Engenheiro Marcilac.
Em novembro de 1.937, iniciou-se os Cultos de Jovens e Menores nesta região de Santo André, atendidos pelo irmão BENEDITO ÂNGELO e, como o mesmo não tinha o dom da palavra a irmã ALVINA, vinda de São Paulo pregava a Palavra de Deus.
Conta-se entre os primitivos as famílias De traglia, de Barros, Rolim, Monegatti, Pacini, de Abreu, cujo irmão José foi o primeiro morador da igreja.
Relato de uma obra, feito pela neta de Angelina Grenzi
Crislene disse...
A irmã Angelina Grenzi é minha Bisavó,Após os cultos serem feitos na casa do irmão antonio Zanetti, o meu bisavô,não gostava que minha bisa Angelina continuava indo aos cultos, até o dia em que ela foi acometida de um derrame cerebral,e ele vendo que a mesma estava desemganada pelos medicos, resolveu chamar o irmão Louis Francescon,e Deus deu de falar que no outro dia ela acordaria,e diria que acordará de um sono profundo e estava com fome, a mãe do meu bisavõ correu no quintal matou uma galinha , para fazer uma canja, no outro dia a casa estava cheia de irmãos e curiosos,a minha bisavó Angelina, acordou, disse que tinha acordado de um sono profundo e que estava com fome, esta obra converteu muitos , e meu bisavô nunca mais proibiu ela de congregar e sempre defendia a doutrina e gostava muito de ouvir testemunhos.
Fonte: http://loveranbr.blogspot.com
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